Tilápia é um peixe tropical, apresenta o maior potencial de desenvolvimento quando a temperatura da água se encontra entre 25°C e 30°C e deixa de comer em temperaturas abaixo de 16°C
Tilápia é o nome genérico de um grupo de ciclídeos endêmicos da África. O grupo consiste em três gêneros importantes para a aquicultura – Oreochromis, Sarotherodon e Tilapia.
"É um peixe tropical, apresenta o maior potencial de desenvolvimento quando a temperatura da água se encontra entre 25°C e 30°C e deixa de comer em temperaturas abaixo de 16°C", afirma Dr. Giovanni Resende, professor do Curso CPT Criação de Peixes - Como Implantar uma Piscicultura.
Ficha Técnica da Tilápia
Origem: Egito.
Finalidade: carne e coprodutos.
Regime alimentar: onívora, explora o alimento animal e vegetal vivo em partes bastante equilibradas.
Ocorrência: nordeste, sudeste e sul do país.
Peso ideal de abate: 800 g.
Uma alternativa para criá-la em regiões mais frias é cultivar apenas no verão ou condicionar o ambiente produtivo por meio da adoção de sistemas como o de recirculação ou aqueles baseados no conceito de “troca mínima d’água”. Ela explora toda a coluna d’água e se adapta bem ao policultivo, onde há várias espécies criadas juntas.
Segundo Hilsdorf (1995), várias são as vantagens que tornam as Tilápias um grupo de peixes mundialmente cultivado. Esses peixes alimentam-se da base da cadeia trófica, aceitam uma variedade grande de alimentos e apresentam uma resposta positiva à fertilização dos viveiros.
São bastante resistentes a doenças, ao superpovoamento e a baixos níveis de oxigênio dissolvido. Além disso, possuem boas características organolépticas, tais como, carne saborosa, baixo teor de gordura, ausência de espinhas intramusculares em forma de “Y” (mioceptos) e excelente rendimento de filé de aproximadamente 35% a 40% em exemplares, com peso médio de 0,45 kg.
A Tilápia é uma das espécies de peixes que melhor se adaptaram ao sistema superintensivo de produção, onde há uma grande densidade de peixes num mesmo tanque.
Podem ser utilizadas estruturas do tipo tanques-rede ou raceways adaptados. A Tilápia vermelha também é muito utilizada para fins de ornamentação.
SALINIDADE
Em regiões onde a expansão da aquicultura só é possível com o uso de água salobra ou salgada, o cultivo de Tilápias tolerantes à salinidade é uma alternativa.
A Tilápia de moçambique e a Tilápia de zanzibar apresentam grande tolerância à alta salinidade, crescendo e se reproduzindo de forma mais eficiente em água salobra do que em água doce. Ambas são capazes de reproduzir em uma salinidade acima de 32 ppt (água salgada).
A Tilápia azul e a Tilápia-do-nilo também podem ser aclimatadas à água salgada. A Tilápia-do-nilo se reproduz normalmente em salinidades de até 15 ppt. No entanto, a reprodução não ocorre a 30 ppt (água salgada). O crescimento da Tilápia azul e da Tilápia-do-nilo é maximizado a salinidades ao redor de 10 ppt.
Além das particularidades de cada espécie, outros fatores parecem afetar a tolerância das tilápias à salinidade:
- A estratégia de adaptação,
- A idade dos peixes no momento da transferência e
- A prévia exposição de ovos e pós-larvas à água de maior salinidade.
Uma adaptação gradual, com o aumento da salinidade, na ordem de 5 ppt ao dia, resulta em melhor sobrevivência após a transferência para água salgada do que com a transferência direta.
A tolerância à salinidade aumenta com idade/tamanho do peixe. Para a Tilápia vermelha da Flórida, a tolerância é maior aos 40 dias de vida, embora isso não exclua a necessidade de adaptação gradual.
A Tilápia-do-nilo apresenta baixa tolerância até os 40-45 dias de vida. O tamanho parece ser mais importante do que a idade, no que diz respeito à tolerância à salinidade. Para a Tilápia-do-nilo, a tolerância máxima à salinidade parece ser atingida com alevinos maiores que 5 cm.
Dentre as linhagens comerciais de Tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) que têm surgido, a Tailandesa ou Chitralada, a Vermelha, a Supreme e outros produtos do programa GIFT vêm merecendo especial atenção, devido a sua adaptabilidade e elevado potencial de produção, inclusive, nos sistemas intensivos.
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