O AGRONEGÓCIO É UM DOS SETORES QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL.
Sua atuação, que começa no campo, passa pela indústria e chega ao comércio interno e externo.
Neste artigo, você vai entender o que é agronegócio, quais são as principais características do setor e a importância que ele possui para economia brasileira.
Continue a leitura para saber mais!
Conteúdo
1 O que é agronegócio?
2 História do agronegócio no Brasil
2.1 Cana-de-Açúcar
2.2 Ciclo da borracha
2.3 Ciclo do café
2.4 Cultivo de grãos
3 Quais são as principais características do agronegócio no Brasil?
4 O que se produz no agronegócio?
5 Quais são as etapas do agronegócio?
5.1 Antes da porteira
5.2 Dentro da porteira
5.3 Depois da porteira
6 Como funciona a cadeia produtiva do agronegócio?
6.1 Insumos
6.2 Produção
6.3 Processamento
6.4 Distribuição
6.5 Consumidor Final
7 Quais são os segmentos do agronegócio?
7.1 Alimentos
7.2 Produção de biocombustíveis
7.3 Produção têxtil
8 Qual é o papel da tecnologia no agronegócio?
9 Como está o mercado de agronegócio no Brasil?
9.1 Expansão de área
9.2 Soja
9.3 Milho
9.4 Algodão
9.5 Carnes
10 Qual a importância do agronegócio para economia do país?
11 Conclusão
O QUE É O AGRONEGÓCIO?
Na prática, o agronegócio pode ser definido como o conjunto de atividades econômicas que se relacionam com a produção e comercialização de produtos agrícolas.
COMO PARTE DISSO, TEMOS OPERAÇÕES DE:
Produção de suprimentos agrícolas;
Armazenamento;
Distribuição dos produtos agrícolas;
Itens produzidos por meio dos produtos e suprimentos agrícolas.
Dessa forma, o agronegócio é formado por três setores:
PRODUTORES RURAIS: donos de pequenas, médias ou grandes propriedades rurais, onde há produção agrícola;
FORNECEDORES DE INSUMOS RURAIS: fabricante de maquinários e fornecedores de pesticidas, sementes, equipamentos, fertilizantes, entre outros;
PROCESSAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO: frigoríficos, distribuidoras de alimentos, indústrias, supermercados etc.
HISTÓRIA DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL
Antes mesmo de ser nomeado, o Brasil já fornecia pau-brasil para a produção europeia, derivando daí o nome oficial que batizaria o país posteriormente. Nesse sentido, é possível afirmar que essa foi a primeira atividade econômica do nosso país.
Mais tarde, a expansão e o desenvolvimento do Brasil foram diretamente ligados aos ciclos agroindustriais explorados no país.
CANA-DE-ÁÇUCAR
Com a exploração predatória do pau-brasil, a árvore passou a ser considerada extinta. Neste cenário, a lavoura canavieira começou a ganhar espaço e destaque na economia brasileira. As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao Brasil por meio dos portugueses no início do século XVI e foram cultivadas na região do Nordeste.
Logo, o cultivo dessa cultura se tornou responsável pelo desenvolvimento desta região, que na época levou o país ao patamar de melhor criador e exportador de açúcar, se estendendo até o século XVII.
CICLO DA BORRACHA
A partir de 1877, iniciou-se o período conhecido como Ciclo da borracha no Brasil, que foi marcado pelo contrabando de mais de 70 mil sementes de seringueiras do Pará para a Inglaterra.
Nessa época, a produção de borracha se concentrou na região amazônica. Como resultado, houve o desenvolvimento da região norte do país e Manaus ficou mundialmente conhecida.
CICLO DO CAFÉ
Após o Ciclo da Borracha, o Ciclo do café teve início, já no começo do século XX. Nessa fase, a produção de café se concentrou na região do Vale do Paraíba e impulsionou a economia brasileira em um momento no qual o grão estava em alta cotação na Europa. Posteriormente, o cultivo dessa cultura se estendeu para o interior do Paraná e São Paulo.
Nessa época, o Brasil encontrava-se em um cenário favorável, já que possuía a maior parte da oferta do produto no mundo. Dessa forma, era possível controlar os preços e decidir como seria a atuação na economia internacional.
No entanto, o crescimento da economia brasileira dependia do aumento populacional dos países consumidores, que eram em sua maioria europeus. No fim, a oferta do café começou a se tornar muito superior do que a demanda, o que levou ao declínio do Ciclo do Café, também afetado pela crise de 1929 nos Estados Unidos.
Em contrapartida, apesar das crises que sofreu, o café ainda representa um excelente produto de exportação e foi responsável pela expansão da região Sudeste.
CULTIVO DE GRÃOS
Nos anos 70, a agricultura se voltou para o cultivo dos grãos. Nesse contexto, a soja se tornou “a menina dos olhos” como a principal commodity brasileira de exportação, segundo dados do RENAI em 2007.
A partir de então, houve uma expansão do plantio de grãos para o Centro-Oeste do país, que em conjunto com a pecuária, impactou o desenvolvimento econômico da região.
Desse modo, a modernização do campo e a evolução tecnológica permitiram que a agricultura se expandisse para áreas antes consideradas inóspitas, como o cerrado brasileiro localizado no Centro-Oeste.
Assim, houve um aumento da oferta de produtos a serem cultivados e comercializados internacionalmente, o que levou Brasil a ser considerado como “aquele que dominou a agricultura tropical”.
Quais são as principais características do agronegócio no Brasil?
No Brasil, o agronegócio possui características que influenciam diretamente nos resultados obtidos no mercado. São elas:
Disponibilidade: menos de 10% do território brasileiro é utilizado como área de cultivo.
Ambiente favorável: se refere a abundância de água, solo propício ao plantio e boa luminosidade natural.
Clima difícil: mesmo com ambiente favorável, o agronegócio brasileiro enfrenta desafios com chuvas, estiagem, além de pragas e doenças nas lavouras.
Complexidade: distâncias longas de distribuição da produção são um entrave logístico.
Diversificação: existe um número significativo de produtos, como frutas, flores, hortaliças, açúcar, café, soja, algodão, cacau, madeira, borracha, carnes e ovos.
Empresas familiares: a maioria dos negócios rurais são caracterizados pela sucessão de pai para filhos.
Tecnologia de expansão: devido o avanço da agricultura de precisão, propriedades brasileiras estão cada vez mais aparelhadas e conectadas, por meio do uso de aplicativos e drones.
Concentração em grandes players: o mercado é dominado por poucas empresas de porte gigante, o que remete a um sistema de oligopólio, com menor oferta de preços e condições de pagamento e recebimento.
A soja é uma das principais culturas produzidas no Brasil
O QUE SE PODUZ NO AGRONEGÓCIO?
Em resumo, o agronegócio está diretamente ligado a produção de itens essenciais para o nosso dia a dia, como:
ALIMENTOS: produtos referentes a cadeia de produção alimentícia, como frutas, verduras, legumes, laticínios e cereais.
BIOCOMBUSTÍVEIS: combustíveis orgânicos produzidos por meio de plantas, como a cana-de-açúcar.
TÊXTIL: produtos desenvolvidos por meio de matérias-primas diversas, de origem animal, como o algodão, o linho e a lã. No geral, esses insumos são utilizados para produzir roupas, artigos de cama, mesa, banho e bens de decoração, entre outros itens.
MADEIRA OU PRODUTOS FLORESTAIS: a madeira e a celulose obtidas a partir do cultivo de árvores são utilizadas na produção de produtos químicos. Além disso, fornece insumos para a indústria moveleira, a construção civil e a produção de papel.
FUMO: cultivo de insumos, como plantas e folhas, se destinam à produção de tabaco para a indústria tabagista.
Pesquisa e desenvolvimento: corresponde a produção de novas técnicas agrícolas e pecuárias, realização de pesquisa e aplicação de novas tecnologias.
QUAIS SÃO AS ETAPAS DO AGRONEGÓCIO?
De modo geral, o agronegócio é constituído por uma série de operações, como a produção, transporte, distribuição, venda, entre outros.
ESSAS E MAIS ETAPAS SE DIVIDEM EM TRÊS SEÇÕES:
ANTES DA PORTEIRA
Em síntese, o “antes da porteira” diz respeito ao fornecimento de insumos para a produção rural como fertilizantes, defensivos, semeadora e colhedora, além de suporte financeiro.
DENTRO DA PORTEIRA
Logo após, temos a etapa “dentro da porteira”, que é composta principalmente por produtores rurais de pequeno, médio e grande porte.
Nesta etapa, também podem participar pessoas físicas ou jurídicas, como profissionais autônomos, empresas familiares, cooperativas e associações agropecuária.
DEPOIS DA PORTEIRA
Por fim, “depois da porteira” é a seção do agronegócio na qual estão os processos de compra, transporte, beneficiamento e venda de tudo o que é produzido até chegar ao consumidor final.
NESSE CONTEXTO EXISTEM OS SEGUINTES AGENTES:
Indústria frigorífica;
Indústria da moda (têxtil e calçados);
Atacadistas distribuidores;
Publicidade e marketing,
Supermercados.
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