ESTRATÉGIA E ORGANIZAÇÕES - PARTE 02
BI: O QUE É, IMPORTANCIA E DICAS DE IMPLEMENTAÇÃO
ENTENDA SEU PÚBLICO : FAÇA SEMPRE: Pesquisas de Mercado
Ao experimentar o Business Intelligence na prática, muitos gestores admitem que, antes, apenas pensavam que conheciam seu público-alvo.
Com pesquisas de mercado fortemente baseadas em dados, a análise do comportamento do consumidor se torna muito menos intuitiva.
Vale lembrar que a maioria das empresas possui diferentes perfis de clientes e clientes em potencial.
Nesse sentido, também é uma ação inteligente saber categorizar os dados referentes a cada perfil para possibilitar ações mais direcionadas e assertivas.
USO DE MÉTRICAS PARA TRAZER EFICIÊNCIA
Como já adiantamos anteriormente, o Business Intelligence passa também pelo monitoramento de informações.
As métricas são medidas brutas de interesse da empresa, armazenadas no depósito de dados digital.
Por exemplo, o número de vendas de determinado produto, valores, datas e outras condições referentes a essas vendas.
INDICADORES
Mas como a inteligência empresarial não é apenas a coleta de informações, o passo adiante é a criação de indicadores.
Os indicadores não são números brutos como as métricas, mas sim valores calculados a partir do cruzamento entre duas ou mais métricas, o que possibilita uma visão diferente.
Por exemplo, o cálculo do ticket médio de determinado perfil de cliente, ou a taxa de conversão de leads captados por determinado canal.
Com isso, é possível identificar com precisão os gargalos de um produto, serviço, processo ou projeto e perceber a necessidade de ajustes pontuais.
Como se trata de mais de uma variável, é possível produzir gráficos que facilitem a visualização do real significado da informação e a geração de insights.
FERRAMENTAS DE BUSINESS INTELLIGENCE
Agora chegou a hora de você entender quais são as ferramentas de Business Intelligence a que nos referimos anteriormente.
Conheça as Principais:
Data Warehouse
Trata-se de um ambiente para o armazenamento de dados digitais.
Nele, são armazenadas e organizadas as informações que vão embasar as tomadas de decisões.
Data Mart
Uma empresa de porte maior pode contar com data marts, que são divisões dos repositórios de dados.
É possível, por exemplo, ter um data mart específico para o estoque e outro para vendas.
Data Mining
Os depósitos de que estamos falando servem para contemplar uma quantidade imensa de dados.
O processo de data mining, ou mineração de dados, é projetado para identificar padrões nesses dados e organizá-los de acordo com o que foi pré-determinado.
OLAP
Enquanto o data mining encontra correlações e subdivide um grande volume de dados, o OLAP (Online Analytical Processing) permite realizar uma ação específica nesses dados, de modo que possa ser simulada uma situação ou obter uma resposta específica.
QUAL SOLUÇÃO UTILIZAR?
É possível adquirir softwares que ofereçam essas ferramentas.
Mas, atenção: elas precisam estar integradas para compor um sistema ágil de Business Intelligence.
Dependendo da necessidade, existe a possibilidade de construir soluções tecnológicas específicas ou então adaptar ferramentas open source.
A RELAÇÃO ENTRE BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA
O termo big data se refere a uma grande quantidade de dados armazenados.
Também serve para definir uma nova realidade em que vivemos.
Nela, a cada segundo são produzidos e armazenados milhões de dados.
Para visualizar melhor isso, pegue o seu celular: em poucos toques você é capaz de conferir qual a situação do trânsito e do tempo na sua cidade.
Logo essas informações mudarão, mas os dados continuarão existindo.
Quando falamos em big data, contudo, presumimos a utilização dessas informações para determinado fim.
Para isso, o conceito se baseia em cinco Vs: velocidade, volume, variedade, veracidade e valor.
O Business Intelligence aproveita essa realidade para, como já explicamos aqui, gerar insights e influenciar a tomada de decisão no ambiente empresarial para diminuir a margem de erro.
BI E DASHBOARDS CUSTOMIZADOS
Os dashboards customizados são painéis visuais com informações gráficas de fácil interpretação, diferentemente das planilhas de dados.
As ferramentas avançadas de BI permitem ao usuário personalizar os dashboards conforme sua necessidade, definindo, por exemplo, quais indicadores terão mais destaque.
Ao usar dashboards customizados, você formata o Business Intelligence conforme as necessidades de sua empresa, podendo, inclusive, adaptar os infográficos de acordo com os setores.
O objetivo é deixar a informação mais clara e compreensível.
As principais tendências do Business Intelligence (BI)
AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO BUSINESS INTELLIGENCE (BI)
O Business Intelligence parece ser um caminho sem volta para as empresas que prezam por uma atuação mais estratégica.
Mas além de reconhecer a importância dos processos de inteligência empresarial, é preciso ficar atento às novidades relacionadas a essas práticas.
Confira, a seguir, tendências que devem ganhar força no universo do Business Intelligence.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A automação no processamento de dados não é mais tendência, e sim uma realidade e uma necessidade no Business Intelligence.
A inteligência artificial é um passo adiante, tem a ver com a capacidade das máquinas de analisar essas informações.
Em breve, essa também se tornará uma realidade.
INTERNET DAS COISAS (IoT)
A internet das coisas se refere a equipamentos inteligentes, conectados a sistemas.
A tendência aqui é cada vez mais ações envolvendo objetos físicos gerando dados para o data warehouse da empresa.
AUTOATENDIMENTO
O autoatendimento em lojas físicas e chatbots em canais virtuais deve aumentar.
E para que seja possível suprir com mais eficiência as necessidades dos clientes, deve haver uma integração com os dados colhidos e um avanço na inteligência artificial.
STORYTELLING NOS DADOS
No caso do Business Intelligence, uma história narrada com dados.
Seu propósito é criar, a partir de dados extraídos de diferentes fontes e devidamente tratados, um roteiro que tenha começo, meio e fim.
Ou seja, o que aconteceu com a organização (como foi sua performance no passado), prós e contras, e quais são as perspectivas.
MONITORAMENTO DA CONCORRÊNCIA
Não estamos falando de espionagem, nada disso.
É possível monitorar a concorrência por meio de soluções tecnológicas inteligentes e automatizadas com base em suas “pegadas”.
Dependendo da ferramenta, você pode escolher monitorar empresas que atuam no mesmo segmento que você ou acompanhar projetos específicos.
É possível saber, ainda, a performance da média do mercado e comparar com o desempenho do seu negócio.
PROCESSAMENTO DE LINGUAGEM NATURAL
O avanço da inteligência artificial também permitirá novos usos do processamento de linguagem natural (PLN).
Ou seja, o computador reconhecerá as informações da fala humana e as processará para que possam ser utilizadas em processos de inteligência empresarial.
SEGURO DE DADOS é poder, e os dados coletados têm um grande valor.
Por isso, devem ser guardados com responsabilidade.
Para se prevenir de violações que podem causar prejuízos milionários, devem aumentar cada vez mais as opções de seguro de dados.
NOVOS CARGOS
O posto de Chief Information Officer (CIO) pode não ser suficiente para dar conta da importância da análise de dados em determinadas empresas.
Desse modo, surgem posições como Chief Data Officer (CDO), Chief Analytics Officer (CAO) ou Data Protection Officer (DPO), que demonstram como a atuação estratégica nesses processos é fundamental.
NOVAS FORMAÇÕES
Essas necessidades demandarão novos perfis de profissionais.
A qualificação específica na área ainda é um diferencial, porém, em breve, será um requisito.
O curso MBA Gestão de Negócios: Inteligência de Mercado, da FIA, permite a você se antecipar a essa realidade.
CLOUD COMPUTING
Enquanto o BI fornece informações para as pessoas certas em tempo hábil, o cloud computing provê à empresa infraestrutura de armazenamento de dados em nuvem acessível de qualquer lugar.
Surge, então, o cloud BI: um sistema de computação em nuvem com robustez e escalabilidade aliado a ferramentas que usam essa infraestrutura para gerar insights que podem ser acessados de qualquer dispositivo.
ANÁLISES PREDITIVAS E PERSCRITAS
Quando bem construídas, as análises preditivas e prescritivas podem colocar uma empresa muito à frente de seus concorrentes.
A análise preditiva, feita com base em modelos estatísticos, consegue predizer o que ocorrerá no futuro com base nos acontecimentos passados.
Por exemplo: a chance de tal cliente atrasar a fatura do cartão de crédito em determinado mês é de 10%.
A análise prescritiva (que prescreve ou recomenda) usa as informações colhidas pelo BI, inclusive da análise preditiva, para sugerir ou recomendar ações visando a algum objetivo.
Você entra em uma loja de departamento e, ao efetuar uma compra, o sistema emite um cupom com descontos em vários produtos que você pode estar precisando.
O cupom foi gerado com base na análise prescritiva, considerando seus histórico de compras e outros dados capturados pelo BI.
GESTÃO DE PESSOAS
Da seleção de colaboradores às políticas de retenção de talentos, o BI pode ser usado como ferramenta estratégica (também chamada de People Analytics) dentro do setor de Recursos Humanos.
É possível utilizar os dados com inteligência, por exemplo, para o recrutamento e seleção de colaboradores que tenham o perfil desejado pela empresa.
As redes sociais são um celeiro de dados nesse sentido.
Da mesma forma, o setor de RH pode estabelecer políticas de valorização e bonificação com base em produtividade e medir a performance de uma equipe frente às metas estabelecidas.
Assim, a empresa promove processos seletivos com mais eficiência, reduz a rotatividade de pessoal e melhora o controle de processos internos relacionados às rotinas de trabalho.
CASES DE SUCESSO COM A UTILIZAÇÃO DE BI
Ainda em dúvida sobre as práticas de Business Intelligence são uma necessidade na sua empresa?
Então conheça, abaixo, três histórias que mostram que a aposta na inteligência compensa.
Não apenas no mundo empresarial, mas também na política e no futebol.
Obama
Em 2008, Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos.
Sua campanha ficou muito conhecida pelo uso inovador das redes sociais.
Mas poucos sabem que a equipe do candidato democrata utilizou um data warehouse para obter uma série de insights em relação ao comportamento dos eleitores, finanças da campanha e muito mais.
7 x 1
O futebol é um esporte em que tudo pode acontecer, mas é possível utilizar dados diversos para reduzir os riscos e aumentar as chances de vitória.
Foi o que fez a Alemanha na Copa de 2014, com um software da SAP que escaneia comportamentos individuais e coletivos dos atletas (alemães e adversários), gerando insights para a comissão técnica criar treinamentos e estratégias de jogos.
Novo Uno
Para projetar um veículo com a cara do consumidor brasileiro, a gigante automobilística Fiat usou o Business Intelligence.
Os processos permitiram coletar e analisar uma enorme quantidade de dados sobre a preferência dos consumidores.
O resultado foi um grande aumento nas vendas, críticas positivas e o recebimento de vários prêmios importantes.
TNT
A transportadora TNT fez uma reestruturação geral em sua plataforma de BI e substituiu sistemas próprios por outros mais eficientes fornecidos pela empresa Sas.
A implantação do sistema começou na área de finanças e se expandiu para o restante da empresa, incluindo filiais e outras unidades de negócios.
Conforme os executivos da transportadora, as soluções de BI possibilitaram o uso da estatística de forma simples e desenhada, sem a necessidade de depender da TI.
Por meio da análise preditiva, a TNT passou a antever problemas e gerenciar fatores de risco que pudessem prejudicar os resultados do negócio.
CURSO DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO:
QUAIS SÃO AS MINHAS POSSIBILIDADES?
Para desenvolver as competências necessárias para implantar os processos de Business Intelligence em uma empresa, é preciso investir na qualificação profissional.
Se é isso que você procura, o MBA Gestão de Negócios: Inteligência de Mercado, da Fundação Instituto de Administração (FIA), é a opção perfeita.
O curso tem o objetivo de capacitar os alunos a atuarem na tomada de decisões em ambientes de alta competitividade, com o uso de ferramentas modernas de inteligência de mercado.
Eles são estimulados a desenvolver uma visão crítica sobre o Business Intelligence, expandindo as possibilidades de compreensão das soluções para problemas relacionados a informações e gestão.
Coordenado pelo professor Dr. José Roberto Ferreira Savoia, o MBA é destinado a profissionais graduados em qualquer área que queiram se especializar na gestão de negócios e aprofundar seus conhecimentos sobre inteligência de mercado.
As aulas também englobam assuntos da economia, finanças, gestão do capital humano e marketing, entre outros.
CONCLUSÃO
O Business Intelligence (BI), ou inteligência empresarial, é um conjunto de processos baseados na coleta e análise de dados.
O objetivo é tornar a tomada de decisões mais ágil e efetiva nas empresas.
Em vez de usar a intuição, aproveitam-se informações relevantes e verdadeiras.
Para que isso possa ser feito na prática, é necessário contar com ferramentas de data warehouse, data mart, data mining e OLAP.
E, é claro, com profissionais que entendam de ciência de dados e saibam interpretá-los e relacioná-los com os desafios da empresa.
Afinal, por enquanto a inteligência artificial ainda está longe de substituir o pensamento estratégico de um humano.
Essa visão é cada vez mais importante, pois o cenário do mercado nunca foi tão incerto e volátil quanto hoje.
Fonte: BLOG FIA
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